Casa Velha
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Editora
PoloBooks -
Edição
1 -
Ano
2020 -
Idioma
Português -
Páginas
62
Este encantador romance de Machado de Assis começou a ser publicado em folhetins, em 1885, mas surgiu como livro só em 1944. A obra está ambientada no ano de 1839, quando um padre, que é também o narrador, sente-se revoltado com a qualidade de um livro publicado por outro padre, e resolve ele mesmo escrever sobre o Primeiro Reinado no Brasil. Consegue, então, o acesso à biblioteca da Casa Velha, imponente moradia de D. Antonia, viúva de um importante ministro.
Após as inseguranças iniciais, D. Antonia o trata com gentileza, passando ele a ser íntimo da família, em especial, de Félix, o filho. Há, na casa, uma protegida, Lalau, uma menina linda e alegre, de 17 anos, que como diz o padre, “sorri com os olhos e com a boca”. É a primeira vez que Machado trata a alegria como uma qualidade celestial.
Bem, tal e como se prenuncia, Félix e Lalau estão apaixonados. O padre descobre e Félix pede a sua ajuda para que a mãe aprove o casamento. D. Antonia é irredutível, apesar de reconhecer a educação esmerada que ela própria deu a Lalau, não permite esta união. Diante da insistência do clérigo, D. Antonia dá a entender que eles são irmãos por parte de pai. Arrasados, eles aceitam o fato, mas o padre descobre documentos na biblioteca e procura a viúva para lhe contar as boas novas. D. Antonia confessa que ela já sabia que eles não eram irmãos, e que apenas usou desse artifício para separá-los.
Interessante é a cautelosa e corajosa análise psicológica que o padre e personagem-narrador faz de si mesmo, chegando a reconhecer sentimentos incompatíveis com a sua vocação religiosa, mas que ele consegue dominar, fazendo prevalecer seus valores morais. Há instantes em que ele relata aosleitores os seus pensamentos e estabelece, então, uma conexão com eles, como quando relembra quando D. Antonia havia dito que Félix e Lalau seriam irmãos:
“Nem por sombras me acudiu que a revelação de Dona Antonia podia não ser verdadeira, tão grave era a coisa e tão austera era a pessoa. Não adverti sequer a minha cumplicidade.”
É uma grande experiência ler o livro, entender o que Machado nos conta também nas entrelinhas, e ver como se comportam os membros da elite da sociedade do Rio de Janeiro naquela época.
Editora | PoloBooks |
Edição | 1 |
País de Origem | Brasil |
Ano de publicação | 2020 |
Assunto | Literatura brasileira |
Idioma | Português |
Código de Barras | 978-85-5522-362-4 |
Formato Altura | 19 |
Formato Largura | 12,5 |
Papel da Capa | Supremo Alto Alvura 250 gr |
Cor da capa | colorida |
Papel do Miolo | Off set 75 gr. |
Nº de Páginas | 62 |
Encadernação | Brochura lombada quadrada |
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Etiquetas: machado de assis, literatura brasileira