• Crônicas Monte-Sionenses: chão e estrelas

Crônicas Monte-Sionenses: chão e estrelas


  • Editora

    PoloBooks
  • Edição

    1
  • Ano

    2020
  • Idioma

    Português
  • Páginas

    152

  • R$ 40,00
Crônicas que enganam o tempo

O que é uma crônica? Um conto curto, um poema em prosa ou simples divagação sobre coisa nenhuma?
O Brasil tem cronistas de valor. Cito alguns: Carlos Drummond de Andrade, Rubens Braga, Fernando Sabino, Stanislaw Ponte Preta, e mais uma série, capaz de fazer, com poucas palavras, a magia da Literatura. Eles enganaram o tempo, escaparam dos jornais do dia, que, quando o papel higiênico era coisa para ricos, terminavam seus dias pendurados em um prego na “privada”. Exilaram-se nos livros e se tornaram peneres.
Estas “Crônicas Monte-Sionenses” são um exemplo disso. Publicadas no jornal “Monte Sião”, da cidade mineira que faz divisa com Águas de Lindoia, em território paulista, agora são livro, e serão lidas por pessoas que não conhecem a cidade de origem de José Alaercio Zamuner.
Quando ele me sugeriu que fizesse este prefácio, mergulhei de cabeça e nadei de braçada. E quanto mais lia, mais empolgado ficava. E mais perdido também. Elogiar uma flor, um pôr do sol, uma menina bonita ou um verso enternecedor é fácil, é só colocar a alma para funcionar ao lado da mente. Mas quando se trata de nina literatura simples em seu lado bucólico, é complicada, pelas nuances em que viaja, a coisa complica. Começa falando de goiabas, mexericas, caquis e mangas, nos enchendo a boca de água, depois vem com a roça cibernética, os supermercados, onde se colhe essas frutas e muitas gulodices sem nenhum trabalho, sem perigo de cair do galho nem enfrentar cobras, marimbondos e vespas.
Em outro ponto ele se transforma em uma árvore de uma das mais belas praças de Monte Sião, para qual o tempo anda diferente, para que possam observar a fugacidade da vida dos bichos: animais pássaros; principalmente das gentes. E vem histórias de amor, de sacis, curupiras, alma do Padre Aranha e não sei quantas visagens mais; miseráveis que morrem por falta de assistência médica, e voltam para cobrar o que lhes é de direito. E um casarão colonial transformado em museu cujas portas se fecham, e os mortos passam a noite assustando os visitantes; e uma cobra que quando pica um homem, por mais raçudo que seja, ele vira moça. Tem ainda um conquistador que vende baratinho sua égua de estimação para se livrar de um marido valentão e ciumento; soldados constitucionalistas e legalistas, na Revolução de 32, que esquecem da guerra e se reúnem em uma congada; um trabalhador “beudo” desembesta por uma estradinha de terra com seu fusquinha para fugir dos homens do “bafontro”; e muitas coisas incríveis acontecem. De repente o leitor tropeça em um poema medieval, ou em uma história futurista. E tudo isso em Monte Sião, ou em Cantare, Cidade que não sei onde fica.
Esse é José Alaercio Zamuner, um tantinho Guimarães Rosa, um tantinho Gabriel Garcia Marques, e um tantão Zico Tropeiro. Convido o leitor a tomar fôlego e iniciar a caminhada junto com ele, pelos bairros de Monte Sião, com um pé no chão mineiro e outros nas galáxias.
Castelo Hanssen.
Editora PoloBooks
Edição 1
País de Origem Brasil
Ano de publicação 2020
Assunto Crônicas
Idioma Português
Código de Barras 978-85-52946-79-3
Formato Altura 23
Formato Largura 16
Papel da Capa Supremo Alto Alvura 250 gr
Cor da capa colorida
Papel do Miolo Off set 75 gr.
Nº de Páginas 152
Encadernação Brochura lombada quadrada


Ainda não existe nenhuma avaliação para esse produto, seja o primeiro!

 Escreva um comentário

Produtos relacionados

Etiquetas: Crônicas Monte-Sionenses: chão e estrelas, LPB000321, Contos / Crônicas